quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Invenções reais

Perdi a vocação de atriz, tenho a alma livre mas não sou marionete. Resolvi escrever os roteiros, comprei uma cadeira e ficarei aqui brincando de viver, enquanto espero silenciosamente pelo fim que tanto corro atraz.
Dos amores que tive, que tenho, e que terei, platônicos haverão de ser, porque a felicidade de viver o amor existe, mas a angústia de perde-lo, não mais. Não podemos perder o que nunca tivemos.
Descobri que fugir do amor é besteira, quando a primeira coisa que nos é dada quando nascemos é amor, haveremos de amar até os personagens dos nossos livros favoritos, haveremos de amar sem ver, sem crer, nós haveremos de simplesmente amar. Quer amor mais simples que aquele que só nós sabemos da existencia?
Decidi inventar meus amores, de modo que, sempre serão amados, e sempre me amaram. Vou me atrasar inumeras vezes, enquanto o mundo acontece, pois o tempo flutuara nos minutos e eu nem notarei os meus limites. Estarei num estado de graça e satisfação, combinando amor e arte literária. É só sabado anoite, e de que importa as pessoas lá fora, se já cai em um insuportavel tédio visual? Deixa pra lá.. Tenho tudo que preciso, papel, caneta e amor. Serão madrugadas de uma vida com invenções reais.

Um comentário:

  1. "Tenho tudo que preciso, papel, caneta e amor. Serão madrugadas de uma vida com invenções reais."

    então aliene-se com o seu mundo virtual.

    ResponderExcluir