domingo, 21 de novembro de 2010

te julgo um bem


Quando se nasce a primeira coisa que lhe é dada é a morte. A morte é toda sua, a morte é unica, nao é uma morte para todos, a morte é um bem que pertence a você, cada um tem a sua. A morte não é de todo tempo ruim, se pensarmos que ela é a unica certeza da vida, é nela que temos que buscar aceitação e trabalhar por dias felizes, lembrar-se da morte é lembrar-se da vida, que é de função antecede-la -- ela, a morte -- Me disseram que a morte é de aurea transparente, que tem os olhos finos e esticados que parecem ver o outro lado do mundo. A morte - creio eu - é nosso maior professor, ensina encarar o mundo como é, ensina que perdas vamos sofrer sempre, e que o ser humano deve aprender a desapegar-se pois tudo que somos, e o que nos pertence não é de fato nosso, nem nós mesmo... As vezes a morte é o alivio da vida em sua bondade e renovação.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Individualistas


A gente percebe que é individualista quando as relações nos parecem próximas demais. A proximidade pode até ser desejada, mas mais do que desejada ela é temida, a pessoa que não tem medo da proximidade ela é imensamente realizada, digo isso porque passamos a vida nos relacionando e buscando apoio em quem os colocaram o nome de 'Alma Gemea'mas quando encontramos (se é que ela existe) é o medo que toma conta e não a realização. Uma pessoa individualista não é exatamente um 'medroso' mas na verdade um 'reservado'. Ser individual é estar em sí harmonicamente, quando a personalidade forte se forma como uma armadura e não há nada que possa penetrar. Pessoas individualistas podem sim amar, mas no seu espaço. Eu sou! e vivo como quero, eu aqui e as pessoas lá, estamos casados, conciliados e nos intendemos porque não nos invadimos.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Um gole de vida


Tenho um sincero amor pela escrita, leitura, musica, paisagens, viagens, pessoas, mulheres, homens, sobretudo acredito que amo mesmo o amor, toda forma de amar e amor a toda forma. O ato de amar me deixa liberta de pertencer-me só a mim mesma, porque de todas as vezes que amei, me doei de tudo. Doar-me me fez livre, posso ir e vir entre tantas pessoas sem ser julgada ou aprisionada só a uma, pois amo, amo como se só soubesse amar, e por amar não me apego, pois se me apego estou deixando de amar o amor, que é feito para compartilhar com TODOS. O amor não foi feito para se exprimir nada, você não ama com o pensamento de aprender, você ama porque é da natureza humana o simples amor.. Sim, o amor é simples, você ama e ponto, as complicações que envolvem o amor é que o faz complicado, mas em sua essencia é divinamente puro e inocente, o amor vive da gente!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Medo do dente


Essa é uma mais uma história da minha infancia:
Meu tio era um cara de estátura média, branco, grandes e lindos olhos azuis e em relação ao meu tamanho me parecia ser bem grande, portanto me causava um grande medo, eu o amava, o amo, mas o temia em tudo. Quando meu primeiro dente ameaçou cair, meu tio logo se pois a disposição para arranca-lo, meus pelos se arrepiavam até o ultimo fio só de pensar. Pois bem, o dente ficou mole e pronto pra ser arrancado, meu tio sentia um imenso prazer em fazer esse serviço, logo foi atraz de uma linha pra que pudesse amarra-lo e arrancar em uma puxada só, enquanto isso eu como era de se esperar me desesperava chorando em bicas, e ele tentando me acalmar com a falsa idéia de que não ia doer... de fato nao doera, mas eu vou chegar nessa parte... Meu tio com todo cuidado do mundo amarrou a linha dando três voltar no meu dente, amarrou a linha na porta e disse no 3 eu vou puxar.. 1, 2... e pronto, lá se foi o meu dente voando com a batida da porta. só consegui reagir berrando que ele não havia feito o combinado, pois arrancara meu lindo dente no dois e não no tres como havia dito. A melhor parte foi a de bocejar com água e sal.. Depois disso nunca mais deixei ninguém arrancar meus dentes, aprendi a arraca-los sozinha. rs

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O mistério da Cigarra


Quando criança... lembro como se fosse a 12 anos atraz, deve ser porque era a 12 anos atraz... enfim, voltando a história...
Vocês sabem as cigarras? aquelas que cantam nas arvores? então... aaah as cigarras, as cigarras eram a coisa mais misteriosa do mundo pra mim.
Quando chegava na época e elas começavam a cantar nas copas das arvores eu ficava da sala observando irritadissima com aquele barulho horroroso, porém curiosa demais para me preocupar com a irritação.. ficava imaginando o que seria aquilo. Então decidi perguntar da minha mãe. Chamei ela na sala e tentei explica-lá do que se tratava, mas ela não me compreendia (desde cedo eu me expresso mau rs).. Então eu dei meu jeitinho, foi ai que surgiu o 'leleco da abuli' leleco porque o som parecia mais ou menos com essa palavra e abuli vem do hildez que significa árvore. Foi ai que minha mãe entendeu o que eu estava falando.. Ela olhou para mim com aqueles olhos de mãe encantada com as prezepadas do filho, deu uma longa gargalhada e disse que o nome daquilo era cigarra e que elas ficavam nas arvores, e voltou pra cozinha.
Eu continuei na sala não muito satisfeita com a resposta e começei a imaginar o que seria essa tal cigarra.. Pra mim cigarra era cigarro, e eu ficava me perguntando porque o meu tio fumava aquele negócio que canta nas árvores, e porque o que o meu tio fumava vinha das arvores e fazia aquele barulho.. enfim.. ninguém nunca me explicou o que era de fato uma cigarra até eu ter idade o suficiente para aprender sozinha.