quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Versões


versão da mulher: "Eu estava no apartamento, nuinha (nua), uma graça, pensando com meu umbigo - porque botão não tinha, né? - que o velho de binóculo no apartamento da frente já estava passando dos limites e que se ele não parasse com aquilo eu era capaz até de fechar a janela, onde se viu, bateram na porta era esse cara com uma arma deste tamanho perguntando: 'onde é que ela está? Onde é que ela está?'. Aí eu disse: 'eu heim?', mas ele nem quis me ouvir, foi me empurrando e entrou no apartamento, entrou no quarto e acordou o samuca, coitado, que ele não dormia há dois dias, diz ele que trabalhando na capanha do Miro, mas eu acho que é outra coisa, tinha marca de dentes no pescoço, eu aguento? O samuca nem sabia o que estava acontecendo, só fazia 'ahn? ahn?' e o cara gritando 'Onde ela está? Onde ela está?'. Olha, eu sou muito calma, eu sou uma pessoa equilibradissima, pra me tirar do sério tem que desabar o mundo, mais eu não aguentei e gritei: 'Qualé? Invadindo meu domicilio, qualé?'. E pulei nas costas dele. Ele caiu por cima do samuca. A cama desabou. A arma disparou. E acertou o Samuca, coitado".
A versão do criminoso: "Não estou satisfeito com o que aconteceu. Me excedi, reconheço. Foi um erro, pronto. Bati a porta e a moça atendeu. Perguntei se a Marcia estava, Ela disse que ali não tinha nenhuma Marcia. Pedi, educadamente, para entrar e ver se tinha ou não tinha. Nuinha. Ela disse que não podia abriar a porta porque estava nua. Eu duvidei e ela abriu a porta para mostrar que era verdade. Nuinha. Eu entrei. A porta do quarto estava fechada. eu fui na direção da porta e ela avisou 'Não entre aí!'. Eu entrei, e pensando em encontrar a Marcia, e dei com um homem armado. Brigamos, e a moça pulou nas minhas costas, nós caímos sobre a cama, a cama desabou, a arma disparou opr acidente e ele morreu, pronto. Não pensem que eu estou orgulhoso do que fiz, mas qualquer um se engana. Olha, tenho nível. Sou formado. Foi um erro".

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