segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Carta a minha esposa


Era como sentir tudo, possuindo absolutamente nada. Me sentia assim quando de relance você me olhava, dois minutos imaginando mãos tremulas entrelaçadas como vidas perdidas em dimensões diferentes, ligadas apenas por amor. Amor certamente é a palavra exata, exato amor, exato afeto, vida não tão exata. Maçã... era esse o cheiro que exalava de seus cabelos. Desde que você se foi eu crio expectativas invalidas em cada sopro de vento que por mim passa, sentir o cheiro da maçã, segurar a barra, afogar o coração na canção que preparei pra você na tarde que as alianças selaram nossos olhos apaixonados.
Sabe querida... As vezes eu sinto você me tocando, as vezes faço confusão na janela, as vezes pego-me passeando entre as rosas do jardim da sua casa, da nossa casa... Eu jamais deixei de cuida-las, enquanto elas estiverem florecendo lindamente, meu coração estará te amando loucamente também. Mas se acaso elas morrerem querida, não se preocupe, fique feliz, porque estaram anunciando o nosso reencontro...

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