domingo, 13 de fevereiro de 2011

O Chamado


Era um homem prodigio de alma lúgubre, envolto numa áurea triste e solitária, tinha um olhar pequeno, meio oriental, parecia transparecer outra vida, as vezes chegava a pensar que aquele homem talvez pudesse falar a lingua dos mortos e de que outra maneira saberia tanto sobre, se não a tivesse vivido um dia, ou melhor, se já não tivesse morrido um dia.
Sofrerá de amor, vivera de amor, morrera de amor. Morrera porque lhe prometera a vida mortal e não sendo suficiente, precisara amar mais, além da alma viva, além da carne morta. Abriu os olhos fitando ao lado uma caixinha... abrirá e logo encontrara um bilhete de redenção: "Poeta, te espero na eternidade de vestido longo, lábios rosados e amor cantado, real".
Uma lagrima correu, desencantando o sorriso, abrindo o sol.

Nenhum comentário:

Postar um comentário